(Cristina Pedrazzini/Science Photo Library/Getty Images)
A vacina contra o HPV (Papilomavírus Humano) é uma forma eficaz de prevenção contra várias doenças causadas por esse vírus, incluindo, principalmente, o câncer de colo do útero, câncer de vulva, câncer de vagina, câncer anal, câncer de pênis, câncer de orofaringe, além de prevenir as verrugas genitais, que têm impacto significativo na saúde sexual e qualidade de vida.
O HPV é uma das infecções sexualmente transmissíveis mais comuns, e a vacina ajuda a reduzir o risco de infecção, principalmente, por tipos de HPV de alto risco.
No Brasil, essa vacina é disponibilizada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e sua aplicação faz parte do Plano Nacional de Imunizações (PNI).
As vacinas mais comuns contra o HPV são:
- Vacina quadrivalente (4vHPV): Protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV. Os tipos 16 e 18 estão associados a um maior risco de câncer, enquanto os tipos 6 e 11 causam a maioria das verrugas genitais. Disponível na rede pública de saúde.
- Vacina nonavalente (9vHPV): Protege contra 9 tipos de HPV: 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58. Ela oferece uma proteção mais ampla e é a vacina recomendada em muitos países para prevenir infecções e cânceres relacionados ao HPV. Disponível apenas na rede privada de saúde.
A vacina contra HPV deve ser aplicada em meninas e meninos antes do início da vida sexual, uma vez que apresentam maior eficácia na proteção de indivíduos não expostos aos tipos virais presentes na vacina.
A recomendação é vacinar meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos em duas doses (0 e 6 meses), respeitando o intervalo mínimo de seis meses entre elas.
Há ainda a recomendação para vacinação em pessoas portadoras de HIV/Aids e indivíduos submetidos a transplantes de órgãos sólidos, de medula óssea e pacientes oncológicos, entre 9 e 26 anos de idade, sendo que nessa população o esquema vacinal consiste na administração de três doses (0, 2 e 6 meses).
Mulheres com HPV positivo podem (e devem) tomar a vacina contra o HPV, mesmo que já tenham sido diagnosticadas com a infecção. A vacina não trata infecções já existentes, mas pode trazer benefícios importantes para a prevenção de outras infecções por diferentes tipos de HPV e reduz o risco de câncer, prevenindo complicações futuras. Deve ser aplicada até os 26 anos e, em alguns casos, até os 45 anos de idade.
A vacina contra o HPV é muito segura, e os efeitos colaterais são raros e geralmente leves, como dor no local da aplicação, febre baixa ou mal-estar. A maior parte dos efeitos adversos desaparece rapidamente. No entanto, pode haver reações mais raras, como em qualquer outro tipo de imunização.