Exames de Prevenção e Diagnóstico

Papanicolau – Colpocitologia Oncótica

O Papanicolau é o exame ginecológico inicial, que pode detectar as lesões pré-malignas (NIC) causadas pelo HPV.

Este exame consiste na análise microscópica de células de uma leve raspagem da mucosa do colo do útero e do canal endocervical.

Mulheres com vida sexual ativa devem fazer regularmente este exame.

Depois dos 21 anos, todas as mulheres devem fazer esse exame anualmente.
A partir dos 30 anos, podem fazê-lo a cada três anos, junto com o teste de DNA de HPV, se negativo.

Mulheres com 65 anos ou mais que tiveram três ou mais testes normais em sequência, e nenhum resultado anormal em 10 anos, podem parar de fazer o exame.

Mulheres submetidas à histerectomia parcial devem continuar com os exames de rotina. Aquelas submetidas à histerectomia total (retirada do útero e colo do útero) por outro motivo que não o câncer ou a lesão precursora (NIC) também podem parar de fazer o exame.

Mulheres expostas ao HIV ou com problemas no sistema imunológico devem fazer o exame anualmente.

Colposcopia

A colposcopia é o exame completo da vulva, vagina e colo do útero, realizado por meio de um aparelho chamado colposcópio, que produz uma imagem ampliada dessas estruturas entre 10 a 40 vezes, possibilitando que o médico identifique lesões imperceptíveis a olho nu.

Este exame é indicado quando o colo uterino está anormal ao exame ginecológico especular, quando há queixa de sangramento após as relações sexuais ou presença de alterações no exame de Papanicolau.

Com a paciente em posição ginecológica, é colocado o espéculo vaginal, da mesma forma como realizamos o Papanicolau. Após a visualização do colo do útero com o colposcópio uma primeira vez, usamos o ácido acético sobre o colo do útero e vagina para corar as células anormais e permitir melhor avaliação, localização e tamanho da área anormal. Quando essa solução é utilizada, a paciente pode sentir uma sensação de queimação ou ardência leve.

Após essa visualização com ácido acético, em geral, é aplicado o lugol, substância à base de iodo, com a função de corar o colo do útero e as paredes vaginais. As áreas não coradas pelo lugol devem ser submetidas à biópsia, por serem altamente suspeitas para lesão pré-maligna ou maligna. Mulheres com alergia a iodo devem informar ao médico para que essa parte do exame não seja realizada.

Se for necessário realizar biópsia, utilizamos uma pinça especial e geralmente não é preciso anestesia, pois este procedimento provoca apenas um leve desconforto ou cólica para a maioria das mulheres.

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