Câncer de Endométrio

Cerca de 95% das neoplasias malignas do corpo do útero têm origem no endométrio. O câncer de endométrio é a 8ª causa de câncer na população feminina, sendo diagnosticados cerca de 6.500 novos casos por ano.

Geralmente acomete mulheres na pós-menopausa e com idade média de 60 anos. Cerca de 20% dos casos são diagnosticados em mulheres entre 40 e 50 anos.

Entre 5% e 20% das mulheres na pós-menopausa que apresentam sangramento vaginal têm câncer de endométrio e por isso devem manter avaliações anuais com ginecologista para diagnóstico precoce da doença.

O principal fator de risco para desenvolver o câncer de endométrio é a exposição contínua ao hormônio estrogênio sem oposição da progesterona, sendo a obesidade a principal causa dessa exposição hormonal.

O tipo histológico mais comum do câncer de endométrio é o tipo adenocarcinoma endometrióide, presente em 80% dos casos e com características menos agressivas. Geralmente se origina de uma hiperplasia endometrial com atipia, considerada uma doença pré-maligna de fácil tratamento. Outros tipos histológicos incluem carcinomas de alto grau e outras variantes mais agressivas, como carcinoma seroso e de células claras.

Sinais e Sintomas

Sangramento anormal: sangramento pós-menopausa ou entre os ciclos menstruais ou mais intenso que o habitual

Dor pélvica

Palpação de massa na região pélvica

Cansaço

Perda de peso inexplicável

Perda de apetite

Diagnóstico

Para o diagnóstico de doenças relacionadas ao endométrio, é utilizado o método de ultrassom pélvico transvaginal como o principal exame de imagem, além da avaliação dos sintomas, exame físico e ginecológico. Esses exames devem ser realizados anualmente na pós-menopausa.

Quando tem-se o aumento na espessura do endométrio ou qualquer alteração suspeita como pólipo, deve-se realizar preferencialmente uma histeroscopia cirúrgica para adequada avaliação do endométrio e biópsia (retirada) da lesão ou da alteração evidenciada pelo cirurgião no momento do procedimento.

Após o resultado da biópsia do endométrio, confirmado o diagnóstico de câncer, deve-se realizar exames para definir o estágio da doença. O melhor exame para avaliar o grau de invasão local do tumor é a ressonância magnética da pelve.

Deve-se ainda realizar raio-X de tórax ou tomografia de tórax e tomografia de abdome para avaliar alteração nos gânglios linfáticos e se o tumor se disseminou para outro órgãos. Em alguns casos pode-se solicitar um PET-CT, porém esse não é o exame padrão para estadiamento.

Tratamento

Fatores de Risco e Prevenção

Aumentam o risco de desenvolvimento de câncer do endométrio:

  1. Idade: geralmente ocorre em mulheres na pós-menopausa.
  2. Estrogênio: uso de terapia de reposição hormonal, nunca ter tido filhos, menarca (primeira menstruação) precoce e menopausa tardia.
  3. Hiperplasia atípica: é o espessamento do endométrio causado por exposição ao estrogênio, presente em mulheres que não ovulam todos os meses.
  4. Síndrome do ovário policístico
  5. Obesidade
  6. Pressão alta
  7. Diabetes
  8. Câncer prévio: câncer de mama e tratamento com tamoxifeno ou radioterapia na região pélvica.
  9. Histórico familiar: mulheres com síndrome de Lynch (um tipo de câncer de intestino hereditário) também correm maior risco de desenvolver câncer de endométrio.

FATORES DE PREVENÇÃO

São considerados protetores para o câncer do endométrio:

  1. Gestação
  2. Prática de atividade física
  3. Controle do peso corporal

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