Teratoma de Ovário: Entenda o Que é, Sintomas, Diagnóstico e Tratamento
Descubra tudo sobre o teratoma de ovário: o que é, sintomas, diagnóstico, tipos, tratamento e prevenção. Informações essenciais para mulheres e profissionais de saúde.

15/09/2025
O que é um teratoma de ovário?
O teratoma de ovário é um tipo de tumor ovariano formado a partir de células germinativas, responsáveis pela produção de óvulos. Essas células têm a capacidade de se diferenciar em diferentes tipos de tecidos, como pele, cabelo, dentes e até tecido nervoso.
Embora a palavra “tumor” assuste, a maioria dos teratomas de ovário é benigna, especialmente os chamados teratomas maduros. Já os teratomas imaturos são menos comuns e podem ter comportamento maligno.
Tipos de teratoma de ovário
Os teratomas ovarianos podem ser classificados de acordo com sua maturidade celular:
1. Teratoma maduro (cisto dermoide)
- Mais comum, representa cerca de 20% dos tumores ovarianos.
- Geralmente benigno.
- Pode conter tecido de pele, cabelo, gordura, dentes ou cartilagem.
- Costuma ocorrer em mulheres jovens, entre 20 e 40 anos.
2. Teratoma imaturo
- Mais raro e potencialmente maligno.
- Contém células embrionárias que ainda não se diferenciaram completamente.
- Frequentemente diagnosticado em adolescentes e mulheres jovens.
- Pode evoluir para tumores mais agressivos e exige tratamento especializado.
3. Teratoma monodérmico
- Contém apenas um tipo de tecido especializado, como teratomas com componente de tireoide (struma ovarii).
- Pode causar sintomas relacionados à produção hormonal, como hipertireoidismo.
Como os teratomas de ovário se desenvolvem?
Os teratomas surgem a partir de células germinativas do ovário, que têm potencial de se diferenciar em múltiplos tipos celulares.
- No teratoma maduro, essas células se diferenciam de forma organizada, formando estruturas como cabelo e pele.
- No teratoma imaturo, as células permanecem parcialmente embrionárias, o que aumenta o risco de crescimento agressivo e disseminação.
⚠️ Fato importante: A causa exata do desenvolvimento do teratoma ainda não é totalmente conhecida, mas acredita-se que fatores genéticos e alterações nas células germinativas desempenhem papel fundamental.
Fatores de risco
Embora qualquer mulher possa desenvolver teratoma ovariano, alguns fatores podem aumentar a probabilidade:
- Idade entre 20 e 40 anos (principalmente para teratomas maduros)
- Histórico familiar de tumores ovarianos ou outros tumores germinativos
- Predisposição genética para alterações nas células germinativas
💡 Dica: Mesmo sem fatores de risco conhecidos, exames ginecológicos periódicos são essenciais para detecção precoce.
Sintomas do teratoma de ovário
Muitas vezes, os teratomas são assintomáticos e detectados apenas em exames de rotina ou durante investigação de infertilidade.
Quando presentes, os sintomas podem incluir:
- Dor abdominal ou pélvica
- Distensão abdominal ou sensação de peso
- Alterações no ciclo menstrual
- Infertilidade ou dificuldade para engravidar
- Torção ovariana (em casos de crescimento rápido do cisto), causando dor súbita intensa
- Ruptura do cisto, que pode provocar dor aguda e inflamação peritoneal
Diagnóstico do teratoma de ovário
O diagnóstico envolve exames de imagem, avaliação clínica e, em alguns casos, exames laboratoriais:
1. Ultrassonografia transvaginal
- Exame inicial mais utilizado
- Permite identificar cistos complexos, presença de gordura, cabelo ou dentes dentro do ovário
2. Tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM)
- Indicadas em casos de tumores grandes ou suspeita de malignidade
- Avaliam extensão e relação com órgãos adjacentes
3. Marcadores tumorais
- CA-125 pode ser solicitado, mas geralmente não é específico para teratomas maduros
- Útil principalmente quando há suspeita de malignidade
4. Avaliação cirúrgica
- A remoção do teratoma permite biópsia e exame histopatológico, confirmando se é maduro ou imaturo
Complicações do teratoma de ovário
Apesar de muitos serem benignos, algumas complicações podem ocorrer:
- Torção ovariana: emergência médica com dor intensa
- Ruptura do cisto: pode causar dor súbita e peritonite
- Infertilidade: se houver comprometimento do ovário ou necessidade de remoção cirúrgica
- Malignidade: raro, mas possível em teratomas imaturos
Tratamento do teratoma de ovário
O tratamento depende do tipo, tamanho e sintomas:
1. Observação
- Pequenos teratomas assintomáticos podem ser acompanhados com ultrassonografia periódica
- Especialmente em mulheres jovens, quando preservação ovariana é desejada
2. Cirurgia
- Ooforectomia parcial ou total (remoção do ovário ou apenas do cisto)
- Preferência por técnicas minimamente invasivas, como laparoscopia
- Objetivo: remover o tumor, aliviar sintomas e prevenir complicações
3. Tratamento oncológico
- Indicado em teratomas imaturos malignos
- Pode incluir quimioterapia e acompanhamento especializado em oncologia ginecológica
Prevenção e acompanhamento
Não há métodos garantidos de prevenção, mas medidas importantes incluem:
- Consultas ginecológicas regulares
- Ultrassonografias periódicas, principalmente em mulheres jovens com histórico familiar
- Atenção aos sintomas abdominais persistentes
💡 O acompanhamento precoce permite detecção antes de complicações, aumentando chances de preservação ovariana e fertilidade.
Conclusão
O teratoma de ovário é, na maioria das vezes, um tumor benigno, mas requer atenção médica adequada.
- O diagnóstico precoce garante tratamento seguro e preservação da fertilidade.
- Mulheres devem manter exames ginecológicos periódicos e atenção a sintomas como dor abdominal ou alterações no ciclo menstrual.
- Em casos de teratomas imaturos ou suspeita de malignidade, o tratamento especializado em oncologia ginecológica é essencial.
⚠️ Mensagem final: cuide da saúde do seu ovário, mantenha acompanhamento regular e procure orientação médica ao notar qualquer sintoma ou alteração.
Perguntas Frequentes (FAQ)
1. Teratomas de ovário são sempre câncer?
Não. A maioria é benigna (teratomas maduros), mas os teratomas imaturos podem ser malignos.
2. Todo teratoma precisa ser removido?
Nem sempre. Pequenos teratomas assintomáticos podem ser acompanhados com exames regulares, especialmente em mulheres jovens.
3. É possível engravidar com teratoma de ovário?
Sim, na maioria dos casos, especialmente quando o ovário saudável é preservado.
4. Quais exames ajudam no diagnóstico?
Ultrassonografia transvaginal, ressonância magnética e, se necessário, exames laboratoriais e biópsia.
5. O teratoma pode voltar após a remoção?
Raramente. O risco existe, mas acompanhamento periódico reduz a chance de recorrência.