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Neoplasia Intraepitelial de Vulva: entenda odiagnóstico e a importância do tratamentoprecoce

A neoplasia intraepitelial de vulva (NIV) é uma lesão precursora do câncer de vulva.
Saiba o que é, como identificar, quais são as causas, os sintomas e as opções de
tratamento disponíveis para preservar a saúde e prevenir o avanço da doença.

Imagem do Artigo: Neoplasia Intraepitelial de Vulva: entenda odiagnóstico e a importância do tratamentoprecoce

28/11/2025

O que é a Neoplasia Intraepitelial de Vulva (NIV)

A neoplasia intraepitelial de vulva (NIV) é uma lesão pré-maligna — ou seja, uma alteração nas células da vulva que pode evoluir para câncer se não for tratada.

Ela ocorre quando as células que revestem a superfície da vulva sofrem alterações anormais, mas ainda não invadem os tecidos mais profundos.

Essas alterações são causadas, na maioria dos casos, pela infecção persistente pelo papilomavírus humano (HPV), principalmente pelos subtipos de alto risco, como HPV 16 e 18.

Reconhecer e tratar a NIV precocemente é essencial, pois isso impede sua progressão para o câncer invasivo de vulva, uma condição mais grave e de tratamento mais complexo.


Tipos de Neoplasia Intraepitelial de Vulva

A NIV pode se apresentar em diferentes formas histológicas, que influenciam na conduta médica e no risco de progressão:

🔹 1. NIV clássica (ou usual)

Está associada à infecção pelo HPV e ocorre mais frequentemente em mulheres jovens, geralmente entre 30 e 50 anos.
Pode ser subdividida em:

  • NIV de baixo grau (NIC I): alterações discretas.
  • NIV de alto grau (NIC II e III): alterações mais intensas, com maior risco de evoluir para câncer.

🔹 2. NIV diferenciada

Menos comum, costuma acometer mulheres mais velhas e não está relacionada ao HPV.
Está frequentemente associada a doenças inflamatórias crônicas da vulva, como líquen escleroso.
Essa forma tem maior potencial de progressão para carcinoma invasivo.


Causas e fatores de risco

A principal causa da NIV é a infecção persistente pelo HPV de alto risco.
No entanto, existem outros fatores que aumentam a probabilidade de desenvolver a lesão, entre eles:

  • Infecções genitais de repetição
  • Tabagismo, que reduz a imunidade local
  • Sistema imunológico enfraquecido, como em pessoas com HIV
  • Uso prolongado de corticoides ou imunossupressores
  • Histórico de infecção pelo HPV em outras regiões (como colo do útero ou vagina)
  • Doenças inflamatórias vulvares crônicas, especialmente o líquen escleroso

Manter um sistema imunológico saudável, parar de fumar e realizar acompanhamento ginecológico regular são medidas essenciais para prevenir e detectar a NIV precocemente.


Sintomas da Neoplasia Intraepitelial de Vulva

A NIV pode ser assintomática em muitos casos, o que reforça a importância das consultas ginecológicas de rotina.
Quando há sintomas, os mais comuns incluem:

  • Coceira intensa (prurido) na região vulvar
  • Ardência, dor ou desconforto durante o contato íntimo
  • Alterações na coloração da pele da vulva (manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou escurecidas)
  • Lesões visíveis, elevadas ou planas, que podem se assemelhar a verrugas
  • Descamação ou fissuras na pele

Esses sintomas podem ser confundidos com infecções ou dermatites comuns, mas se persistirem, devem ser avaliados por um ginecologista ou oncologista especializado.


Diagnóstico: como é feito

O diagnóstico da NIV é realizado a partir da avaliação clínica, exame físico detalhado e biópsia da lesão.

🩺 Etapas do diagnóstico:

  1. Exame ginecológico completo: o médico avalia a região vulvar à procura de lesões suspeitas.
  2. Colposcopia vulvar: exame visual com aumento óptico que permite identificar áreas alteradas e guiar a biópsia.
  3. Biópsia: retirada de um pequeno fragmento da lesão para análise histopatológica, que confirma o tipo e o grau da neoplasia.

Em alguns casos, o médico pode solicitar pesquisa de HPV e testes moleculares para avaliar a presença de subtipos virais de alto risco.


Tratamento da Neoplasia Intraepitelial de Vulva

O tratamento da NIV depende de fatores como o tipo histológico, o grau da lesão e a extensão da área acometida.
O objetivo principal é remover as áreas afetadas e preservar o máximo possível da anatomia e da função vulvar.

As principais opções de tratamento incluem:

🔹 1. Excisão cirúrgica

É o tratamento mais comum, indicado principalmente para lesões de alto grau.
O procedimento remove a área alterada com margens de segurança, reduzindo o risco de recidiva.

🔹 2. Vaporização a laser

Indicada em casos de lesões superficiais e múltiplas, permite a destruição das células alteradas de forma menos invasiva.

🔹 3. Medicamentos tópicos

Em alguns casos, especialmente em pacientes jovens ou com lesões pequenas, pode ser indicado o uso de cremes imunomoduladores, como imiquimode, que estimula o sistema imunológico local a combater as células anormais.

🔹 4. Acompanhamento clínico rigoroso

Após o tratamento, é essencial realizar acompanhamento periódico com o especialista, pois a NIV pode recidivar.
Consultas regulares e exames de controle ajudam a garantir a detecção precoce de qualquer nova alteração.


Prognóstico e possíveis complicações

Com o diagnóstico e tratamento adequados, a neoplasia intraepitelial de vulva tem excelente prognóstico.
A grande maioria dos casos pode ser controlada ou curada antes que a doença progrida para o câncer invasivo.

Entretanto, quando não tratada, especialmente nos casos de NIV diferenciada, há risco de transformação maligna, reforçando a importância do acompanhamento médico contínuo.


Prevenção: como reduzir o risco

A prevenção da NIV envolve principalmente hábitos saudáveis e cuidados ginecológicos regulares.

Veja algumas medidas importantes:

  • 💉 Vacinação contra o HPV: é a forma mais eficaz de prevenir a infecção pelos tipos virais que causam a maioria dos casos de NIV.
  • 🩺 Exames de rotina e acompanhamento médico regular: permitem a detecção precoce de lesões suspeitas.
  • 🚭 Abandono do tabagismo: o cigarro prejudica o sistema imunológico e facilita a persistência do HPV.
  • 🧴 Cuidados com a higiene íntima: manter a região vulvar limpa, seca e livre de irritações.
  • ❤️ Prática sexual segura: o uso de preservativo ajuda a reduzir o risco de infecção pelo HPV e outras ISTs.

A importância do acompanhamento oncológico especializado

A neoplasia intraepitelial de vulva, embora não seja câncer invasivo, deve ser acompanhada por uma equipe especializada, especialmente quando há lesões recorrentes ou associadas a condições como líquen escleroso.

No consultório oncológico, o acompanhamento inclui:

  • Avaliação ginecológica periódica;
  • Orientações sobre prevenção e autocuidado;
  • Apoio emocional e psicológico;
  • Planejamento de tratamentos personalizados e minimamente invasivos.

Esse cuidado integral garante segurança, conforto e qualidade de vida para cada paciente.


Conclusão

A neoplasia intraepitelial de vulva (NIV) é uma condição que merece atenção e acompanhamento especializado.
Apesar de não ser um câncer invasivo, é uma lesão precursora que pode evoluir se não for tratada adequadamente.

Com o diagnóstico precoce, o tratamento adequado e o seguimento contínuo, as chances de cura são muito altas.
Investir em prevenção, autocuidado e acompanhamento ginecológico regular é a melhor forma de preservar a saúde íntima e o bem-estar.

👉 A informação é a sua melhor aliada. Em caso de sintomas persistentes ou alterações vulvares, procure um especialista em oncoginecologia. O cuidado começa com a atenção aos sinais do seu corpo.


Perguntas Frequentes (FAQ)

1. A neoplasia intraepitelial de vulva é câncer?

Não. A NIV é uma lesão pré-cancerosa, mas pode evoluir para câncer se não for tratada.

2. O HPV sempre causa NIV?

Nem todos os casos são causados pelo HPV, mas a infecção persistente pelos tipos 16 e 18 está presente na maioria das lesões clássicas.

3. A NIV tem cura?

Sim. Com tratamento adequado e acompanhamento regular, a grande maioria dos casos é totalmente curável.

4. A NIV pode voltar depois do tratamento?

Sim, há risco de recidiva, especialmente em casos de infecção persistente pelo HPV ou doenças vulvares crônicas. Por isso, o seguimento médico é essencial.

5. A vacina contra o HPV previne a NIV?

Sim! A vacina protege contra os principais tipos de HPV relacionados à NIV e ao câncer de colo do útero, sendo altamente recomendada para adolescentes e adultos jovens.

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