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Neoplasia Intraepitelial Cervical (NIC): o que é, sintomas, diagnóstico e tratamento

A Neoplasia Intraepitelial Cervical (NIC) é uma alteração nas células do colo do útero que pode evoluir para câncer se não for tratada. Descubra sintomas, fatores de risco, diagnóstico, prevenção e tratamentos disponíveis.

Imagem do Artigo: Neoplasia Intraepitelial Cervical (NIC): o que é, sintomas, diagnóstico e tratamento

12/09/2025


O que é a Neoplasia Intraepitelial Cervical (NIC)?

A Neoplasia Intraepitelial Cervical (NIC), também chamada de lesão intraepitelial escamosa do colo do útero, é uma alteração celular que ocorre no epitélio cervical, a camada que reveste o colo do útero.

Ela não é considerada câncer, mas sim uma lesão pré-maligna, que pode evoluir para câncer do colo do útero se não for identificada e tratada a tempo.

O principal fator associado ao desenvolvimento da NIC é a infecção persistente pelo Papilomavírus Humano (HPV), especialmente os tipos de alto risco oncogênico.


Relação entre HPV e NIC

O HPV é o principal causador da neoplasia intraepitelial cervical. A infecção pelo vírus é muito comum, principalmente em mulheres jovens, e na maioria das vezes o organismo consegue eliminá-lo naturalmente.

No entanto, em alguns casos, o vírus persiste no colo do útero, levando a alterações celulares progressivas que podem resultar em NIC.

👉 Vale reforçar: ter HPV não significa ter câncer, mas sim uma maior chance de desenvolver lesões precursoras, como a NIC.


Classificação da Neoplasia Intraepitelial Cervical

A NIC é classificada em graus, de acordo com a profundidade e gravidade da alteração celular observada ao microscópio.

  • NIC 1 (leve): alteração restrita ao terço inferior do epitélio cervical.
  • NIC 2 (moderada): acometimento de até dois terços da espessura do epitélio.
  • NIC 3 (grave/carcinoma in situ): alteração em toda a espessura do epitélio, mas sem invasão do tecido subjacente.

Simplificação da classificação

Atualmente, muitos laudos utilizam a terminologia do sistema Bethesda, que organiza as lesões em:

  • Lesão intraepitelial escamosa de baixo grau (LSIL) → corresponde ao NIC 1.
  • Lesão intraepitelial escamosa de alto grau (HSIL) → corresponde ao NIC 2 e NIC 3.

Quem tem mais risco de desenvolver NIC?

Os fatores de risco para o desenvolvimento da neoplasia intraepitelial cervical são semelhantes aos do câncer de colo do útero, pois ambos estão ligados à persistência da infecção por HPV.

Principais fatores de risco:

  • Infecção pelo HPV de alto risco.
  • Início precoce da vida sexual.
  • Múltiplos parceiros sexuais.
  • Uso inconsistente de preservativos.
  • Imunossupressão (HIV, uso de imunossupressores).
  • Tabagismo, que favorece alterações no DNA celular.
  • Histórico de outras doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).

Sintomas da Neoplasia Intraepitelial Cervical

Na maioria dos casos, a NIC não causa sintomas. É uma lesão silenciosa, detectada apenas por exames preventivos, como o Papanicolau e a colposcopia.

Quando a doença progride para estágios mais avançados, alguns sinais podem surgir:

  • Sangramento vaginal após relações sexuais.
  • Sangramento fora do período menstrual.
  • Corrimento vaginal anormal.
  • Dor pélvica persistente.

No entanto, esses sintomas geralmente aparecem quando já há evolução para câncer invasivo, reforçando a importância do rastreamento.


Como é feito o diagnóstico da NIC?

O diagnóstico da neoplasia intraepitelial cervical envolve diferentes etapas:

  • Exame Papanicolau (citologia oncótica cervical)
    • Detecta células anormais no colo do útero.
    • É o principal exame de rastreamento, recomendado para mulheres de 25 a 64 anos.
  • Colposcopia
    • Exame realizado quando há alterações no Papanicolau.
    • Permite observar o colo do útero com lentes de aumento.
    • Áreas suspeitas podem ser biopsiadas.
  • Biópsia dirigida
    • Coleta de fragmentos do colo do útero para análise histopatológica.
    • Confirma o diagnóstico e classifica o grau da lesão.
  • Exame de HPV (teste molecular)
    • Identifica a presença de HPV de alto risco.
    • Útil para acompanhar casos e definir condutas médicas.

Tratamento da Neoplasia Intraepitelial Cervical

O tratamento varia de acordo com o grau da lesão e o perfil da paciente (idade, desejo reprodutivo e condições clínicas).

1. NIC 1 (baixo grau / LSIL)

  • Muitas vezes, não exige tratamento imediato, pois pode regredir espontaneamente.
  • A conduta habitual é o acompanhamento clínico com repetição do Papanicolau e/ou colposcopia a cada 6 a 12 meses.

2. NIC 2 e NIC 3 (alto grau / HSIL)

  • Apresentam maior risco de progressão para câncer.
  • O tratamento geralmente envolve a remoção da área afetada do colo do útero.
  • Principais métodos:
    • CAF (conização com alça de alta frequência / LEEP).
    • Conização com bisturi a frio.
    • Crioterapia (menos usada atualmente).
  • Em casos de NIC persistente ou recorrente em mulheres que não desejam engravidar, pode ser indicada a histerectomia (remoção do útero).

Acompanhamento após o tratamento

Mesmo após o tratamento, é essencial manter o seguimento regular com exames preventivos, pois existe risco de recorrência, principalmente nos primeiros anos.

O acompanhamento costuma incluir:

  • Colposcopia de controle.
  • Papanicolau periódico.
  • Teste de HPV em alguns casos.

Prognóstico da NIC

O prognóstico da neoplasia intraepitelial cervical é muito favorável, especialmente quando diagnosticada e tratada precocemente.

  • NIC 1 → cerca de 60% dos casos regridem espontaneamente.
  • NIC 2 e 3 → maior risco de progressão, mas quando tratadas adequadamente, apresentam altas taxas de cura.

Prevenção da Neoplasia Intraepitelial Cervical

A melhor forma de prevenção da NIC é a associação entre vacinação contra o HPV e exames regulares de rastreamento.

Medidas de prevenção:

  • Vacinação contra o HPV – disponível no SUS para meninas e meninos de 9 a 14 anos, e em clínicas privadas até 45 anos.
  • Uso de preservativos em todas as relações sexuais.
  • Não fumar – o tabagismo aumenta o risco de lesões.
  • Exame preventivo Papanicolau regularmente, conforme orientação médica.

Conclusão

A neoplasia intraepitelial cervical (NIC) é uma condição pré-cancerosa do colo do útero, causada principalmente pela persistência da infecção por HPV.

Embora silenciosa, ela pode ser detectada precocemente pelo Papanicolau e tratada de forma eficaz, prevenindo o câncer do colo do útero — uma das principais causas de morte por câncer em mulheres no Brasil.

👉 Manter a vacinação em dia, adotar hábitos de vida saudáveis e realizar exames preventivos são as melhores formas de proteção.


Perguntas Frequentes (FAQ)

1. NIC é câncer?
 Não. A neoplasia intraepitelial cervical é uma lesão precursora, que pode evoluir para câncer se não for tratada.

2. Toda mulher com HPV terá NIC?
 Não. A maioria das infecções por HPV é transitória. Apenas quando o vírus persiste é que há risco de desenvolver NIC.

3. A NIC pode desaparecer sozinha?
 Sim. Principalmente a NIC 1, que pode regredir espontaneamente em até 60% dos casos.

4. O tratamento da NIC impede gravidez?
 Na maioria das vezes, não. Procedimentos como a conização preservam o útero e permitem gestações futuras, mas devem ser acompanhados de perto.

5. A vacinação contra o HPV evita a NIC?
 Sim. A vacina protege contra os tipos de HPV mais oncogênicos, reduzindo significativamente o risco de desenvolver lesões como a NIC.


📌 Se você tem dúvidas sobre prevenção, diagnóstico ou tratamento da neoplasia intraepitelial cervical, procure sempre um ginecologista oncológico de confiança. O diagnóstico precoce salva vidas.

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