Dermatofibrossarcoma Protuberans: Tudo o que você precisa saber
Saiba tudo sobre o dermatofibrossarcoma protuberans (DFSP), um tumor cutâneo raro: sintomas, diagnóstico, tratamento e prevenção. Informação confiável para pacientes e familiares.

08/09/2025
O que é dermatofibrossarcoma protuberans?
O dermatofibrossarcoma protuberans (DFSP) é um tumor raro de pele de crescimento lento, considerado de baixo grau de malignidade, mas com alto potencial de recidiva local.
- Origem: células fibroblásticas da derme
- Crescimento: geralmente lento, com meses ou anos de evolução
- Metástase: rara, mas pode ocorrer em casos avançados
- Prognóstico: excelente quando tratado precocemente e com margens cirúrgicas adequadas
💡 Apesar de ser um tumor maligno, a característica mais importante do DFSP é sua tendência a crescer localmente e invadir tecidos próximos, exigindo remoção completa para evitar recidiva.
Quem pode desenvolver DFSP?
O dermatofibrossarcoma é raro, mas pode afetar pessoas de qualquer idade, sendo mais comum em:
- Adultos jovens entre 20 e 50 anos
- Homens e mulheres, com leve predomínio masculino
- Pacientes com histórico de trauma cutâneo na área afetada, embora nem sempre haja relação
💡 Observação: DFSP é incomum em crianças, mas casos pediátricos já foram descritos.
Causas e fatores de risco
A causa exata do dermatofibrossarcoma ainda não é totalmente compreendida, mas alguns fatores podem estar envolvidos:
- Alterações genéticas: translocação cromossômica t(17;22) que ativa o gene PDGFB, promovendo crescimento celular anormal
- Trauma ou cicatriz prévia: algumas lesões surgem em locais de cirurgia ou cicatrizes antigas
- Exposição a radiação: muito raramente associada
- Predisposição genética: casos familiares são extremamente raros
💡 Diferente de outros tumores de pele, o DFSP não está relacionado à exposição solar intensa.
Sinais e sintomas do DFSP
O DFSP geralmente se apresenta como uma lesão única na pele, com crescimento lento e discreto inicialmente. Os principais sinais incluem:
- Nódulo ou placa firme, geralmente indolor
- Crescimento lento, muitas vezes por anos
- Cor da pele: rósea, vermelha ou marrom
- Superfície lisa ou levemente irregular
- Mobilidade reduzida em lesões mais antigas
- Localização comum: tronco (60%), membros (20–30%) e cabeça/pescoço (10–15%)
⚠️ Sinais de alerta: qualquer lesão que cresce lentamente e não cicatriza, mesmo sem dor, deve ser avaliada por um dermatologista ou cirurgião oncológico.
Diagnóstico do dermatofibrossarcoma
O diagnóstico precoce é essencial para evitar recidiva local e determinar o tratamento correto.
1. Avaliação clínica
- Exame detalhado da pele e linfonodos
- Anamnese completa sobre histórico de lesões e crescimento
2. Biópsia
- Confirma o diagnóstico histopatológico
- Permite diferenciar DFSP de outros tumores cutâneos, como fibrossarcoma, dermatofibroma ou lipoma
3. Imagem complementar
- Ultrassom: avalia profundidade da lesão
- RM (ressonância magnética): importante para tumores grandes ou localizados em áreas de difícil ressecção, pois ajuda a planejar a cirurgia
💡 Observação: o DFSP raramente apresenta metástase, mas exames de imagem podem ser necessários para avaliar invasão local.
Estadiamento do DFSP
O dermatofibrossarcoma é classificado com base na extensão local e presença de metástase, embora o risco de disseminação seja baixo:
- Tamanho da lesão: maior que 5 cm possui maior risco de recidiva
- Profundidade de invasão: acometimento de tecido subcutâneo ou músculo aumenta complexidade cirúrgica
- Linfonodos e órgãos distantes: raramente afetados
💡 Diferente de outros cânceres, o estadiamento é essencialmente clínico e cirúrgico, guiando a estratégia de ressecção.
Tratamento do dermatofibrossarcoma
O tratamento do DFSP é fundamentalmente cirúrgico, visando remoção completa com margens seguras para reduzir risco de recidiva.
1. Cirurgia excisional ampla
- Remoção da lesão com margens de 2–3 cm de tecido saudável
- Taxa de cura elevada, mas recidiva pode ocorrer se margens forem insuficientes
2. Cirurgia de Mohs/Slow Mohs
- Técnica de remoção camada por camada, conferindo margens livres de tumor
- Preserva máximo de tecido saudável
- Diminui o risco de recidiva local.
3. Radioterapia
- Indicada em casos de margens comprometidas ou quando a cirurgia não é possível
- Pode reduzir risco de recidiva local
4. Terapias-alvo (imatinibe)
- Em DFSP avançado, metastático ou irresecável
- Bloqueia a proteína PDGFB ativada pela translocação genética, reduzindo crescimento tumoral
💡 Observação: monitoramento pós-tratamento é essencial, pois o DFSP tem alta taxa de recidiva local, mesmo anos após a cirurgia.
Prevenção e acompanhamento
Embora não haja prevenção primária garantida, algumas medidas ajudam na detecção precoce e controle da doença:
- Autoexame regular de qualquer lesão cutânea nova ou em crescimento lento
- Consultas dermatológicas periódicas, principalmente em pessoas com histórico de DFSP ou cicatrizes suspeitas
- Cirurgia imediata em lesões suspeitas para evitar crescimento e invasão local
💡 Detectar o DFSP cedo permite cirurgia menos extensa e menor risco de recidiva.
Complicações do DFSP
Apesar de raramente metastizar, o DFSP pode gerar:
- Recidiva local em 20–50% dos casos se margens cirúrgicas forem insuficientes
- Destruição de tecidos adjacentes se a lesão crescer sem tratamento
- Alterações estéticas em áreas de ressecção ampla
- Metástase rara, geralmente pulmonar ou linfática
⚠️ Quanto antes diagnosticado e tratado, menor o risco de complicações.
Conclusão
O dermatofibrossarcoma protuberans (DFSP) é um tumor cutâneo raro, de crescimento lento e baixo grau de malignidade, mas com alto risco de recidiva local se não tratado adequadamente.
- Sintomas incluem nódulo firme, lesão indolor e crescimento lento
- Diagnóstico envolve avaliação dermatológica, biópsia e exames de imagem
- O tratamento padrão é cirúrgico, podendo incluir Slow Mohs, radioterapia ou terapias-alvo em casos avançados
- Acompanhamento contínuo é essencial para detecção precoce de recidivas
✨ Mensagem final: qualquer lesão que cresça lentamente, mesmo sem dor, deve ser avaliada por um especialista. O diagnóstico precoce garante tratamento eficaz e preservação da pele e tecidos próximos.
Perguntas Frequentes (FAQ)
1. Dermatofibrossarcoma é câncer grave?
Possui baixo risco de metástase, mas cresce localmente e pode recidivar se não tratado adequadamente.
2. Todo DFSP precisa de cirurgia?
Sim, a remoção completa é fundamental. Técnicas como Mohs são indicadas em áreas de alto risco.
3. DFSP pode voltar após cirurgia?
Sim, especialmente se as margens não forem amplas. O acompanhamento clínico é essencial.
4. Quem tem maior risco de DFSP?
Adultos jovens e de meia-idade, com histórico de trauma ou cicatriz prévia, apresentam maior incidência.
5. É possível prevenir DFSP?
Não há prevenção garantida, mas detecção precoce e remoção imediata reduzem risco de complicações e recidiva.