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Carcinoma de Células de Merkel: sintomas, diagnóstico e novos tratamentos para este câncer de pele raro

O carcinoma de células de Merkel é um câncer de pele raro e agressivo. Descubra sintomas, causas, diagnóstico, fatores de risco e como funcionam os tratamentos modernos, incluindo imunoterapia.

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01/09/2025

O que é carcinoma de células de Merkel?

O carcinoma de células de Merkel (CCM) é um câncer de pele raro e agressivo, classificado como um tumor neuroendócrino cutâneo. Apesar de pouco conhecido, ele se destaca pelo crescimento acelerado e pelas altas taxas de recorrência local e metástase em linfonodos (gânglios) e órgãos distantes.

Esse câncer geralmente aparece em idosos, principalmente em áreas do corpo que sofreram exposição crônica ao sol, como rosto, couro cabeludo, pescoço e braços.


Como identificar os sintomas?

O carcinoma de células de Merkel muitas vezes é confundido com outras lesões de pele, como cistos ou melanomas. Porém, ele possui características próprias que exigem atenção.

Principais sinais do carcinoma de células de Merkel:

  • Nódulo de crescimento rápido (em semanas ou meses)
  • Coloração vermelho-arroxeada ou violácea
  • Textura firme ou endurecida
  • Lesão geralmente indolor
  • Aparece em áreas de pele exposta ao sol

➡️ Ao perceber qualquer nódulo de pele de crescimento rápido, é fundamental procurar um dermatologista. O diagnóstico precoce aumenta muito as chances de tratamento eficaz.


Causas e fatores de risco

O desenvolvimento desse câncer está ligado principalmente a dois mecanismos biológicos:

1. Infecção pelo poliomavírus das células de Merkel

  • Presente em cerca de 80% dos casos.
  • O vírus integra seu material genético às células da pele.
  • Essa integração ativa oncogenes virais, estimulando o crescimento descontrolado.

2. Exposição à radiação ultravioleta (UV)

  • Em casos sem relação com o vírus, o principal fator é a radiação ultravioleta do sol.
  • A exposição crônica aos raios UV causa danos ao DNA, levando a mutações que podem gerar o tumor.

Outros fatores de risco incluem:

  • Idade avançada (mais comum em pessoas acima de 65 anos)
  • Pele clara
  • Histórico de imunossupressão (pacientes transplantados, portadores de HIV ou em uso prolongado de imunossupressores)
  • Exposição frequente a tratamentos com radiação

Diagnóstico do carcinoma de células de Merkel

O diagnóstico é considerado um desafio, pois o CCM não apresenta sinais exclusivos que facilitem sua identificação clínica.

Como funciona o processo diagnóstico:

  1. Exame clínico dermatológico – inspeção da pele e palpação dos linfonodos.
  2. Biópsia da lesão suspeita – retirada de amostra para análise laboratorial.
  3. Exame anatomopatológico (H&E) – primeira análise microscópica.
  4. Imunohistoquímica (IHQ) – exame essencial para confirmar o diagnóstico.

O papel da imunohistoquímica no diagnóstico

A imunohistoquímica é indispensável para diferenciar o carcinoma de células de Merkel de outros tipos de câncer de pele agressivo.

Os marcadores mais utilizados são:

  • Citoqueratina 20 (CK-20): geralmente positiva no carcinoma de Merkel.
  • Fator de transcrição tireoidiano 1 (TTF-1): geralmente negativo.

Essa análise evita confusões diagnósticas com o carcinoma de pequenas células do pulmão, que também é neuroendócrino, mas apresenta outro perfil de marcadores.


Exames de estadiamento

Após a confirmação, é preciso avaliar se houve disseminação do câncer.

  • PET-CT (Tomografia por emissão de pósitrons): identifica metástases em órgãos e linfonodos.
  • Ultrassonografia da drenagem linfática: investiga se há comprometimento dos gânglios próximos.

Esses exames orientam o médico na escolha do melhor tratamento oncológico especializado.


Tratamentos disponíveis

O tratamento do carcinoma de células de Merkel depende do estágio da doença no momento do diagnóstico.

1. Tumores primários localizados

  • Cirurgia de retirada da lesão com margens de segurança.
  • Pesquisa do linfonodo sentinela, para detectar possíveis células tumorais.
  • Radioterapia adjuvante no local da lesão, reduzindo risco de recorrência.

2. Doença em linfonodo regional

Nesses casos, pode ser necessário combinar:

  • Retirada cirúrgica dos linfonodos afetados
  • Radioterapia complementar
  • Imunoterapia, que fortalece a resposta do sistema imunológico contra o tumor.

3. Doença metastática

Aqui, o tratamento padrão é a imunoterapia, especialmente com inibidores de checkpoint imunológico, como anti-PD-1 e anti-PD-L1.

Esses medicamentos têm mostrado resultados promissores, oferecendo maior controle da doença e aumentando a sobrevida dos pacientes quando comparados à quimioterapia tradicional.


Prognóstico e prevenção

O prognóstico do carcinoma de células de Merkel depende diretamente do estágio em que foi diagnosticado.

  • Em estágios iniciais, o tratamento pode ser bastante eficaz.
  • Nos casos avançados, há alto risco de metástase e recorrência.

Medidas de prevenção e cuidado incluem:

  • Uso diário de protetor solar
  • Evitar exposição solar prolongada
  • Consultas dermatológicas regulares, especialmente em pacientes idosos
  • Acompanhamento oncológico contínuo, mesmo após tratamento inicial

Convivendo com um câncer de pele agressivo

Além dos desafios físicos, o diagnóstico de um câncer raro como o carcinoma de células de Merkel pode gerar ansiedade e insegurança.

Por isso, o tratamento deve ser multidisciplinar, envolvendo:

  • Oncologistas
  • Dermatologistas
  • Psicólogos
  • Equipe de enfermagem e suporte

Esse acolhimento integral ajuda o paciente a enfrentar melhor todas as fases do tratamento.


Perguntas Frequentes (FAQ)

O carcinoma de células de Merkel é hereditário?

Não. Ele está associado ao poliomavírus e/ou à radiação ultravioleta, não a mutações herdadas.

Como diferenciar o carcinoma de células de Merkel de um melanoma?

Ambos surgem em áreas expostas ao sol, mas o Merkel cresce mais rápido e tem aspecto violáceo. A confirmação só é possível por biópsia e imunohistoquímica.

O carcinoma de células de Merkel pode ser prevenido?

Não há prevenção absoluta, mas proteger a pele do sol e manter o sistema imunológico saudável reduzem riscos.

A imunoterapia pode curar esse câncer raro?

A imunoterapia não garante cura, mas é o tratamento mais eficaz atualmente para doença avançada ou metastática, proporcionando controle prolongado em muitos casos.

Quem tem mais risco de desenvolver carcinoma de células de Merkel?

Pessoas com mais de 65 anos, pele clara, histórico de imunossupressão e alta exposição solar estão no grupo de maior risco.


Conclusão

O carcinoma de células de Merkel é um câncer de pele raro, mas extremamente agressivo, que exige diagnóstico rápido e tratamento especializado. Apesar dos riscos, os avanços da imunoterapia abriram novas perspectivas, especialmente para pacientes com doença metastática.

Estar atento a sinais como nódulos de crescimento rápido em áreas expostas ao sol pode salvar vidas. Se você notar alterações suspeitas na pele, procure imediatamente um dermatologista ou oncologista.

👉 O diagnóstico precoce e o tratamento oncológico especializado fazem toda a diferença no controle dessa doença.

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