Câncer de Vulva: o que é, sintomas, diagnóstico e prevenção
O câncer de vulva é uma neoplasia rara, mas que pode ser grave se não diagnosticada a tempo. Descubra o que é, sintomas, fatores de risco, tratamento e formas de prevenção.

17/09/2025
O que é o câncer de vulva?
O câncer de vulva é uma doença rara que afeta a parte externa do aparelho genital feminino. Ele geralmente se desenvolve lentamente e está associado, em muitos casos, a infecções por HPV (Papilomavírus Humano) ou alterações relacionadas ao envelhecimento.
A vulva é composta por diferentes estruturas: lábios maiores e menores, clitóris, vestíbulo vaginal e abertura da uretra, e o câncer pode surgir em qualquer uma dessas regiões.
O tipo mais comum é o carcinoma de células escamosas, que representa cerca de 90% dos casos. Outros tipos incluem melanoma, adenocarcinoma e sarcoma, embora sejam raros.
Fatores de risco do câncer de vulva
Alguns fatores aumentam a probabilidade de uma mulher desenvolver essa neoplasia:
- Infecção por HPV, especialmente tipos de alto risco;
- Histórico de doenças pré-cancerosas da vulva, como líquen escleroso;
- Idade avançada, sendo mais comum após os 60 anos;
- Tabagismo, que compromete a imunidade local;
- Sistema imunológico debilitado, como em pacientes com HIV ou transplantadas;
- Histórico de câncer de colo do útero ou vagina.
💡 Dica: Mulheres com fatores de risco devem manter acompanhamento ginecológico regular e realizar exames preventivos.
Sintomas do câncer de vulva
O câncer de vulva pode ser silencioso no início. Alguns sinais de alerta incluem:
- Feridas ou lesões que não cicatrizam;
- Coceira intensa ou queimação;
- Mudanças na coloração da pele da vulva;
- Nódulos ou massas palpáveis;
- Dor durante o contato íntimo;
- Sangramento ou secreção anormal, fora do período menstrual.
⚠️ Atenção: Qualquer alteração persistente na vulva deve ser avaliada por um ginecologista ou oncologista.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico do câncer de vulva envolve uma combinação de avaliação clínica e exames complementares:
- Exame físico detalhado – o médico observa e palpa a vulva, buscando alterações visíveis;
- Biópsia da lesão – retirada de uma amostra para análise histopatológica;
- Exames de imagem, como ultrassom, ressonância magnética ou tomografia, para avaliar extensão da doença e linfonodos;
- Exames laboratoriais, quando necessário, para planejamento do tratamento.
✅ Um diagnóstico precoce aumenta significativamente as chances de cura.
Estadiamento do câncer de vulva
O estadiamento segue critérios internacionais (FIGO – Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia):
- Estágio I: tumor limitado à vulva ou períneo, sem metástases;
- Estágio II: tumor maior ou invadindo estruturas próximas, mas sem linfonodos acometidos;
- Estágio III: acometimento de linfonodos inguinais;
- Estágio IV: doença avançada, com metástases para órgãos distantes.
O estadiamento é essencial para definir o tratamento mais adequado e a previsão de prognóstico.
Tratamento do câncer de vulva
O tratamento depende do tipo, tamanho e estágio do tumor, assim como da saúde geral da paciente:
1. Cirurgia
- Excisão local ou vulvectomia parcial: retirada do tumor com margem de segurança;
- Vulvectomia radical: indicada para tumores maiores ou mais invasivos;
- Linfadenectomia inguinal: retirada de linfonodos quando há suspeita de metástase.
2. Radioterapia
Indicada principalmente em casos de tumores avançados ou incompletamente ressecados, ou para pacientes que não podem se submeter à cirurgia.
3. Quimioterapia
Utilizada geralmente associada à radioterapia, para controlar doença local ou metastática.
4. Imunoterapia e terapias-alvo
Em casos selecionados, especialmente melanomas vulvares ou tumores com características específicas, podem ser indicadas terapias mais modernas.
💡 Observação: O acompanhamento pós-tratamento é essencial para detectar recidivas precoces.
Prevenção do câncer de vulva
A prevenção envolve estratégias de saúde primária e secundária:
- Vacina contra HPV: protege contra os tipos de vírus associados a câncer genital;
- Exames ginecológicos regulares, incluindo inspeção da vulva;
- Tratamento precoce de lesões pré-cancerosas;
- Higiene íntima adequada, evitando irritações crônicas;
- Evitar tabagismo e manter estilo de vida saudável;
- Consultar médico ao perceber qualquer alteração na vulva.
✅ A combinação de vacinação, prevenção e rastreamento regular reduz significativamente o risco.
Impacto emocional e qualidade de vida
O câncer de vulva pode afetar autoestima, vida sexual e imagem corporal. É importante:
- Buscar apoio psicológico;
- Manter diálogo aberto com parceiros;
- Participar de grupos de suporte;
- Discutir com o médico opções de reconstrução ou cirurgias menos mutilantes.
💡 O cuidado emocional é tão importante quanto o tratamento físico.
Perguntas frequentes (FAQ)
1. O câncer de vulva é comum?
Não. É raro, representando cerca de 3% dos cânceres ginecológicos, mas pode ser grave se diagnosticado tardiamente.
2. Toda mulher com HPV terá câncer de vulva?
Não. A infecção por HPV aumenta o risco, mas outros fatores, como idade, tabagismo e alterações pré-cancerosas, também influenciam.
3. A vulva deve ser examinada mesmo sem sintomas?
Sim. Consultas ginecológicas regulares ajudam a identificar lesões precoces, aumentando a chance de cura.
4. O tratamento é sempre mutilante?
Nem sempre. O tipo de cirurgia depende do estágio e do tamanho do tumor; cirurgias menos extensas podem preservar a função e aparência da vulva.
5. A vacinação contra HPV ajuda a prevenir câncer de vulva?
Sim. A vacina protege contra os tipos de HPV mais associados a neoplasias vulvares e outros cânceres genitais.
Conclusão: diagnóstico precoce salva vidas
O câncer de vulva é uma doença rara, mas que exige atenção e prevenção. Vacinação, exames regulares e atenção a sintomas são fundamentais para o diagnóstico precoce e aumento da taxa de cura.
💡 Mensagem final: Conhecimento é prevenção. Mulheres devem ficar atentas a qualquer alteração na vulva e buscar acompanhamento médico especializado. Quanto mais cedo for identificado, maior a chance de tratamento eficaz e preservação da qualidade de vida.









