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Câncer de Endométrio: sintomas, diagnóstico e tratamento — guia completo para mulheres

O câncer de endométrio é o tumor ginecológico mais comum após a menopausa. Descubra sintomas, fatores de risco, diagnóstico e opções de tratamento. Saiba como prevenir e aumentar as chances de cura.

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11/09/2025

O que é o câncer de endométrio?

O câncer de endométrio é um tipo de neoplasia maligna que se desenvolve no revestimento interno do útero, chamado endométrio. Esse é o câncer ginecológico mais frequente em mulheres na pós-menopausa e representa cerca de 95% das neoplasias malignas do corpo do útero.

No Brasil, segundo dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer), são diagnosticados em média 6.500 novos casos por ano, ocupando a 8ª posição entre os tipos de câncer mais comuns nas mulheres.


Quem tem mais risco de desenvolver câncer de endométrio?

O câncer de endométrio é mais comum em mulheres com idade média de 60 anos, mas pode acometer pacientes mais jovens. Estima-se que 20% dos casos ocorram entre 40 e 50 anos.

Um dos sinais de alerta mais importantes é o sangramento vaginal após a menopausa, que deve sempre ser investigado por um ginecologista. Entre 5% e 20% das mulheres na pós-menopausa que apresentam sangramento vaginal são diagnosticadas com a doença.


Principais fatores de risco

O maior fator de risco para desenvolver câncer de endométrio é a exposição prolongada ao estrogênio sem a ação da progesterona. Essa condição pode ser consequência de diferentes situações clínicas.

Confira os principais fatores de risco:

  • Idade avançada – especialmente após a menopausa.
  • Obesidade – excesso de tecido adiposo aumenta a produção de estrogênio.
  • Síndrome dos ovários policísticos (SOP) – causa desequilíbrio hormonal e anovulação.
  • Terapia de reposição hormonal com estrogênio isolado.
  • Menarca precoce (primeira menstruação cedo) e menopausa tardia.
  • Não ter tido filhos (nuliparidade).
  • Hiperplasia endometrial atípica – espessamento anormal do endométrio.
  • Histórico pessoal de câncer de mama tratado com tamoxifeno.
  • Radioterapia prévia na região pélvica.
  • Histórico familiar, especialmente em mulheres com síndrome de Lynch (câncer colorretal hereditário).
  • Hipertensão arterial e diabetes, frequentemente associadas à obesidade.

Fatores protetores contra o câncer de endométrio

Assim como existem riscos, alguns hábitos podem reduzir a chance de desenvolver a doença:

  • Gestação – a progesterona da gravidez protege o endométrio.
  • Uso de anticoncepcionais orais combinados (sob orientação médica).
  • Atividade física regular.
  • Manutenção do peso saudável.

Essas medidas, além de proteger contra o câncer, trazem benefícios gerais para a saúde da mulher.


Tipos de câncer de endométrio

O câncer de endométrio não é único. Ele pode se apresentar em diferentes tipos histológicos (formas de células ao microscópio).

  • Adenocarcinoma endometrióide – corresponde a cerca de 80% dos casos. É considerado de evolução menos agressiva e frequentemente associado à hiperplasia endometrial com atipia (condição pré-maligna).
  • Carcinoma seroso – mais agressivo, geralmente diagnosticado em estágios avançados.
  • Carcinoma de células claras – também agressivo, menos comum.
  • Carcinossarcoma uterino – raro e com comportamento mais invasivo.

Quais são os sinais e sintomas do câncer de endométrio?

O sintoma mais importante é o sangramento vaginal anormal, especialmente após a menopausa. No entanto, outros sinais podem estar presentes.

Sintomas mais comuns:

  • Sangramento pós-menopausa.
  • Sangramento intenso ou irregular entre os ciclos menstruais.
  • Dor pélvica persistente.
  • Presença de massa abdominal ou pélvica.
  • Cansaço constante.
  • Perda de peso inexplicável.
  • Falta de apetite.

👉 Atenção: o diagnóstico precoce é fundamental, por isso qualquer sangramento vaginal fora do normal deve ser investigado.


Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico envolve diferentes etapas, sempre orientadas pelo ginecologista ou oncologista.

  1. Avaliação clínica – histórico da paciente, sintomas e exame físico.
  2. Ultrassom transvaginal – exame de imagem inicial para avaliar o espessamento endometrial.
  3. Histeroscopia – exame endoscópico que permite visualizar o interior do útero.
  4. Biópsia do endométrio – procedimento essencial para confirmar o diagnóstico, coletando amostras do tecido.

Após a confirmação, outros exames podem ser solicitados para avaliar a extensão da doença (estadiamento):

  • Ressonância magnética da pelve (avalia invasão local).
  • Tomografia de tórax e abdome (pesquisa de metástases).
  • Raio-X de tórax (quando indicado).
  • PET-CT – em casos específicos, não sendo exame de rotina.

Estadiamento do câncer de endométrio

O estadiamento é a classificação da doença de acordo com a sua extensão e orienta o tratamento. Ele é feito, principalmente, após cirurgia.

O procedimento cirúrgico padrão para definir o estágio é:

  • Histerectomia total (remoção do corpo e colo do útero).
  • Salpingooforectomia bilateral (remoção das trompas e ovários).
  • Linfadenectomia pélvica e retroperitoneal em alguns casos (remoção dos linfonodos).

Tratamento do câncer de endométrio

O tratamento depende do estágio, tipo histológico e condições clínicas da paciente.

1. Cirurgia

É o tratamento padrão para a maioria dos casos. Atualmente pode ser realizada por técnicas minimamente invasivas, como laparoscopia e cirurgia robótica, que proporcionam recuperação mais rápida.

2. Radioterapia

Pode ser utilizada de forma adjuvante (após a cirurgia) ou em casos avançados para controle local da doença.

3. Quimioterapia

Indicada em tumores agressivos ou metastáticos.

4. Imunoterapia e hormonioterapia

  • A hormonioterapia pode ser opção em casos selecionados, especialmente em mulheres jovens que desejam preservar a fertilidade.
  • A imunoterapia vem sendo estudada e já mostra resultados promissores em determinados cenários.

Prognóstico e chances de cura

Quando diagnosticado precocemente, o câncer de endométrio tem altas taxas de cura. Nos estágios iniciais, a sobrevida em 5 anos pode ultrapassar 90%.

Por isso, a atenção aos sinais de alerta e consultas regulares com o ginecologista são medidas indispensáveis para aumentar as chances de diagnóstico precoce.


Conclusão

O câncer de endométrio é uma doença frequente em mulheres na pós-menopausa, mas que pode ser diagnosticada precocemente e tratada com sucesso.

Manter hábitos de vida saudáveis, controlar o peso, praticar exercícios e realizar consultas ginecológicas regulares são estratégias eficazes de prevenção.

👉 Em caso de sangramento vaginal fora do normal, procure imediatamente avaliação médica. Quanto mais cedo o diagnóstico, maiores as chances de cura.


Perguntas Frequentes (FAQ)

1. O câncer de endométrio é o mesmo que câncer de colo do útero?
 Não. O câncer de endométrio se origina no revestimento interno do útero, enquanto o câncer de colo do útero (ou câncer cervical) surge na parte inferior do útero, geralmente associado ao HPV.

2. Toda mulher com sangramento pós-menopausa tem câncer de endométrio?
 Não. O sangramento pode ter outras causas, como pólipos ou atrofia endometrial. No entanto, é um sinal de alerta que precisa ser investigado.

3. Existe prevenção para o câncer de endométrio?
 Não há prevenção absoluta, mas fatores como controle do peso, gestação, uso de anticoncepcionais combinados e prática regular de atividade física reduzem o risco.

4. O câncer de endométrio pode voltar após o tratamento?
 Sim, existe risco de recorrência, especialmente em casos avançados ou agressivos. Por isso, o acompanhamento médico regular é fundamental.

5. A fertilidade pode ser preservada em casos de câncer de endométrio?
 Em situações muito específicas e em estágios iniciais, pode-se avaliar tratamento hormonal conservador para preservar a fertilidade, mas a decisão deve ser individualizada com acompanhamento oncológico especializado.


📌 Esse artigo foi elaborado para informar e conscientizar mulheres sobre o câncer de endométrio. Em caso de sintomas ou dúvidas, procure sempre um oncologista ginecológico ou ginecologista de confiança.

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