Uma lesão de pele suspeita de melanoma deve ser prontamente reconhecida pelo médico e submetida a remoção adequada para diagnóstico e posterior definição de tratamento.
A confirmação do diagnóstico é feita por meio de uma biópsia, sempre com anestesia local. O tipo de biópsia vai depender do tamanho da lesão e de sua localização no corpo, podendo ser incisional (remoção parcial da lesão) ou excisional (remoção completa da lesão), dando preferência, sempre que possível, à excisional.
Biópsia excisional de pele: retirada total da “pinta” com pequena margem de segurança.
É fundamental que a amostra de pele seja retirada até o tecido celular subcutâneo (representado pela figura abaixo), uma vez que a espessura vertical do tumor (Breslow) é o critério mais importante na decisão do tratamento.
A biópsia por “shaving” dérmico não é recomendada pelo fato de impedir a correta avaliação da espessura de Breslow
Quando a lesão é grande ou localizada em área onde a biópsia excisional acarretaria prejuízos estéticos, pode-se fazer a biópsia incisional. Neste caso, deve-se fazer a biópsia na área de maior pigmentação, no local da ulceração ou na área mais elevada da superfície da lesão. Caso não haja concordância entre o diagnóstico clínico e patológico (resultado da biópsia), deve-se realizar a biópsia excisional.
Nos membros, a incisão deve ser sempre no sentido longitudinal para que, no momento da ampliação das margens, não haja dificuldade no fechamento da incisão e para que não haja prejuízo na realização do linfonodo sentinela caso seja indicado.
Após a biópsia, uma vez confirmado o diagnóstico de melanoma, uma segunda cirurgia deve ser realizada para ampliação das margens de segurança, variando de acordo com a espessura de Breslow.